quinta-feira, 30 de abril de 2015

Desmantelada em Espanha rede de contrafação que operava a partir de Valença

Força policial espanhola fez saber que da operação resultaram, "até ao momento", 19 pessoas associadas ao caso, dez das quais foram detidas. Entre os detidos há três portugueses.


A Guardia Civil espanhola anunciou hoje o desmantelamento, em colaboração com a ASAE, de uma rede que atuava a partir de Valença, no Alto Minho, para 16 províncias galegas na distribuição de contrafação e uso ilegal de marca. 

Em comunicado hoje enviado à agência Lusa, aquela força policial espanhola adiantou que da operação resultaram, "até ao momento", 19 pessoas associadas ao caso, dez das quais foram detidas. Foram ainda apreendidos mais de 30 mil artigos de roupa e calçado, no valor total de dois milhões de euros, bem como, de 22 mil euros em dinheiro. 
Os artigos apreendidos, no âmbito de uma operação conjunta entre a Guardia Civil e a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), "entravam" no país vizinho através da fronteira de Valença/ Tui e eram distribuídos "por toda a Espanha". 
Entre os detidos estão três portugueses, de 24, 35 e 59 anos de idade, considerados os "cabecilhas" daquela rede, cujo "centro de operações" estava instalado em Valença. 
De acordo com as autoridades espanholas, os três portugueses são proprietários de lojas de roupa situadas no Norte de Portugal, e atuavam como intermediários para fazer chegar a mercadoria ao outro lado da fronteira.
"A atuação da ASAE permitiu a entrada em duas fábricas de confeção de têxteis contrafeitos, em dois armazéns, seis lojas e quatro residências em Valença, Póvoa de Lanhoso, Guimarães e Caldas das Taipas", sustentou a Guardia Civil espanhola que realçou a "estreita colaboração" da ASAE nesta operação.
Os três portugueses detidos em Pontevedra são acusados da prática de crime continuado contra a propriedade industrial, branqueamento de capitais e associação criminosa. 
Os restantes elementos do "grupo organizado" foram detidos em Cantabria, Gijón, Léon, Palencia, Málaga, Huelva, Almería, Oviedo, Córdoba, Murcia, Ourense e Girona. 
Segundo a Guardia Civil o "centro das operações" daquela rede estava localizado no norte de Portugal, "onde existiam duas fábricas em que se produzia a roupa contrafeita".
"A mercadoria era transportada em carrinhas até Tui, e daí era distribuída por 16 províncias espanholas através de uma empresa transportadora, com sede no município de Mos, em Pontevedra".
In TVI

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