Uma professora do ensino básico de Valença está a ser alvo de um processo de inquérito depois de queixas apresentadas por vários pais em que denunciavam a alegada "depressão" em que se encontram várias crianças.
A situação envolve alunos do terceiro e quarto ano da escola de Gandra que, afirmam os pais, são colocados pela professora em causa "toda a manhã" a assistir a filmes e desenhos animados, acompanhados apenas por uma auxiliar.
Acrescentam que a situação está a gerar "ansiedade" junto das 15 crianças afetadas e que algumas já estão ser avaliadas por psicólogos.
"A minha filha tem dez anos e consulta marcada no psicólogo para 19 de abril. A miúda está deprimida e perdeu a vontade de ir para a escola", explicou à Lusa Félix do Paço, um dos pais que denunciam a situação.
Garantem que a situação acontece "praticamente desde setembro" e que está "tudo documentado", nomeadamente pela presença que começaram a marcar na escola, durante o período de aulas.
"Como é que podem estar bem, aprender alguma coisa, quando de manhã estão a ver filmes e à tarde a passar os deveres para casa?", questiona este pai, um dos rostos da contestação.
" Lusa, Ângela Evangelista, presidente do Agrupamento de Escolas Muralhas do Minho, de Valença, reconhece a existência de um processo de inquérito para apurar se houve alguma violação do dever da professora".
"Até termos este procedimento concluído, que decorre num prazo de 45 dias, não podemos dizer nada", disse Ângela Evangelista.
Os pais, que exigem a substituição da docente, vão reunir nos próximos dias para definir eventuais protestos, que podem passar pelo boicote às aulas no reinício da atividade escolar, após o período da Páscoa, a 10 de abril.
A direção do agrupamento não comenta esta posição, garantindo apenas que a docente continua ao serviço, enquanto decorre o processo.
in Diário de Notícias
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