quarta-feira, 10 de outubro de 2012

EBI Arão: Agrupamento reforça horas de apoio. Pais discordam e admitem transferir todos os alunos


A DREN e o Agrupamento de Escolas Muralhas do Minho, em Valença, vão reforçar as horas de apoio aos alunos com maiores dificuldades da Escola Básica Integrada de Arão, colocando, na mesma sala, duas professoras a leccionar. Pais dicordam e admitem transferir alunos para outras escolas de municípios vizinhos.
Depois dos protestos dos pais, reivindicando a contratação de um professor para colmatar a extinção da sala do primeiro ano, as duas entidades apresentaram, esta terça-feira à tarde, aos encarregados de educação uma solução temporária, com a DREN a comprometer-se a reavaliar o caso.
A porta-voz dos encarregados de educação do estabelecimento de ensino mostra-se indignada com esta proposta que, nas suas palavras, “vai gerar ainda mais confusão e não resolve o problema”. 
Paula Natal explica que a ideia é na turma “mais complicada” estarem duas professoras em simultâneo, “uma a leccionar e outra a dar apoio”. “Com medidas assim, não saímos da cepa torta”, acrescenta.
Após este encontro entre a directora do agrupamento, os pais e as professoras da EBI de Arão, os pais reuniram à noite, e mostraram total desacordo com esta solução, dando “um curto prazo” para uma resolução definitiva.
Caso a reivindicação dos pais para que seja contratado um professor para o primeiro ano não seja atendida, os encarregados de educação admitem transferir todos os alunos da turma em questão para outras escolas de outro concelho.
Paula Natal anuncia ainda que o representante dos pais e a direcção do agrupamento foi convidada pela DREN para uma reunião no Porto.
A porta-voz dos encarregados de educação da EBI de Arão recusou, garantindo que os pais estão disponíveis para o diálogo, “mas no local onde o problema existe, em Valença”.
Ainda esta semana, os pais voltam a reunir-se e prometem mais novidades.
Recorde-se que em causa está a extinção, este ano lectivo, da turma do primeiro ano, o que obrigou à redistribuição dos 17 alunos pelos segundo e terceiro ano da escola, frequentada por 86 crianças e funcionar com três professores.
Na segunda-feira, o protesto envolveu cerca de uma centena de pessoas, e apenas a intervenção da GNR permitiu restabelecer o acesso á escola.
A RVM tentou obter um esclarecimento junto da direcção do Agrupamento de Escolas Muralhas do Minho, mas até ao momento sem sucesso.
in Rádio Vale do Minho

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