A Escola Básica Integrada de Arão, Valença, voltou esta terça-feira a ser fechada a cadeado, num protesto de pais e encarregados de educação contra a extinção do primeiro ano. Os pais ameaçam matricular as crianças na Galiza.
Entre Valença e Tui [Galiza], temos uma eurocidade. Como tal, será uma possibilidade fazer a matrícula das crianças do outro lado da fronteira, já que em Portugal não temos condições", explicou hoje a porta-voz dos pais, Paula Natal.
Em causa está a extinção, este ano lectivo, da turma do primeiro ano, que obrigou à redistribuição dos 17 alunos pelos segundo e terceiro ano da escola, frequentada por 86 crianças e a funcionar com três professores.
Pela segunda vez este mês, a escola de Arão voltou a aparecer fechada a cadeado, nos portões exteriores, mas também nas portas de acesso ao edifício, situação que só foi ultrapassada pelas 10h30 com a intervenção da GNR.
"Entretanto, algumas crianças foram embora e outras estão nas aulas. Mas isto não pode continuar assim e já estamos a estudar a matrícula dos alunos noutra escola, que poderá ser num concelho vizinho ou em Tui, na Galiza", sublinhou Paula Natal.
Os pais queixam-se ainda de "falta de diálogo" por parte da direcção do Agrupamento de Escolas Muralhas do Minho, que chegou a admitir colocar na escola uma professora de apoio, mas sem reactivar a sala do primeiro ano.
"Não nos deram mais respostas, não sabemos como vai ficar a situação. Mas, nesta altura, existem quatro salas, uma delas vai continuar fechada e a outra com 26 alunos e, talvez, dois professores, o que ninguém consegue compreender", explicou ainda a porta-voz, prometendo novos protestos para os próximos dias.
in Correio da Manhã
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