O grupo espanhol Rodman já devolveu 125 mil euros de incentivos que recebeu para a instalação de uma fábrica em Valença, que deveria empregar 400 pessoas, mas que está fechada desde 2009.
Recorde-se que em Maio passado, o autarca local reclamou, por carta, ao administrador daquela empresa, 650 mil euros em apoios concedidos, tendo solicitado também ao Ministro das Finanças a execução coerciva de 150 mil euros, relativamente a um acordo para isenção de imposto municipal sobre a transmissão onerosa de imóveis e de imposto municipal sobre imóveis, nos últimos cinco anos.
O presidente do executivo salienta que a Rodman “mudou de atitude” e já pagou uma parte do que deve ao município relativa a benefícios fiscais.
Jorge Mendes garante que a devolução dos valores dos incentivos "é uma questão de Justiça" perante outros empresários que se instalaram na mesma área e que "não beneficiaram" de incentivos.
De resto, Jorge Mendes diz que a fábrica já está novamente em funcionamento, executando protótipos para submarinos e a recrutar no mercado espanhol.
O autarca de Valença espera que aquela empresa cumpra o prometido em tempos e disponibilize centenas de postos de trabalho.
Além dos 150 mil euros do município, serão reclamados ainda meio milhão de euros de apoios concedidos pelo Estado Português, sobretudo para formação profissional.
A Rodman Lusitânia, instalada em Valença desde setembro de 2007, contou com o apoio da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, nomeadamente na compra dos 65 mil metros quadrados de terrenos, instalações e máquinas.
Em Valença, a Rodman previa operar com uma unidade industrial para o fabrico de embarcações especiais e de recreio entre os oito e os 16 metros de comprimento, das gamas ‘Rodman Fisher & Cruise’, empregando tecnologias avançadas em construção naval em poliéster reforçado com fibra de vidro.
Em causa está uma das mais modernas fábricas instaladas em Portugal e que há mais de cinco anos prometia 400 postos de trabalho, depois de concretizado um investimento de 10,5 milhões de euros.
Contudo, a fábrica esteve fechada desde 2009, servindo até há pouco tempo apenas de armazém, fruto da crise vivida pelo grupo em consequência da retração no mercado internacional.
Desde 2008 que o grupo, com sede na Galiza, enfrenta quebras de mais de 60 por cento nas vendas e naquele ano que despediu 45 dos 50 trabalhadores que chegou a contratar para Valença.
in Rádio Vale do Minho
Sem comentários:
Enviar um comentário