Fábrica da Rodman chegou a ser construída com apoios da Câmara, mas nunca abriu portas e está agora à venda por um valor bem acima do que foi pago na aquisição.
A Câmara de Valença do Minho não desiste da compensação e exige a devolução de 150 mil euros de incentivos fiscais dados a uma empresa espanhola que prometeu, em 2009, instalar-se no concelho, criar 400 postos de trabalho e investir 10,5 milhões de euros.
A fábrica chegou a ser construída, mas nunca abriu portas e a Câmara pede agora a devolução do dinheiro que avançou como incentivo. Face ao incumprimento, o autarca de Valença quer reaver o dinheiro da isenção do IMI e IMT. Jorge Mendes já escreveu ao Ministério das Finanças a pedir a execução coerciva, mas o processo pode demorar.
“Infelizmente, a empresa em Portugal não tem património. As naves construídas são da pertença de um grupo de investimento escocês e, dado que não se pode reaver imediatamente as verbas, isto vai a uma comissão mista luso-espanhola que trata exactamente destes casos, para serem accionados os gerentes desta empresa com vista ao restabelecimento destas verbas. Vamos aguardar”, diz Jorge Mendes.
Actualmente, as instalações da Rodman, localizadas no terreno adquirido com o apoio da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), estão à venda por 14 milhões de euros.
“Já foram feitos contactos de empresas interessadas e pedem uma pequena fortuna pelo espaço, o que é caricato. Uma empresa que beneficiou de apoios do Estado português, que na altura adquiriu os terrenos a um valor excepcional, nunca cumpriu os seus objectivos e desde então tem o seu espaço à venda”, acrescenta o autarca.
Desde 2008 que o grupo Rodman, com sede na Galiza, enfrenta quebras de mais de 60% nas vendas.
in Rádio Renascença
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