Mais de um milhar de pessoas e elementos operacionais, inclusive de Espanha, assistiram, esta sexta-feira, no quartel dos voluntários de Valença, ao funeral do bombeiro que morreu na sequência das queimaduras sofridas a combater um fogo florestal.
Fernando Manuel Reis, de 50 anos, ficou gravemente queimado durante um incêndio em Sanfins, Valença, a 29 de agosto, numa volta do fogo, quando manobrava a viatura dos bombeiros. Acabou por morrer na quinta-feira, no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.
Integrava a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Valença desde 1987 e foi o sétimo operacional a morrer no combate aos incêndios de agosto em Portugal.
Integrava a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Valença desde 1987 e foi o sétimo operacional a morrer no combate aos incêndios de agosto em Portugal.
Dos vizinhos galegos de Tui, Espanha, uma equipa com vários elementos da Proteção Civil local, liderada por uma portuguesa residente naquela cidade há 15 anos, também compareceu no funeral, ao qual assistiram mais de um milhar de pessoas.
"Somos todos companheiros e quando precisamos de alguma coisa em Tui são os bombeiros de Valença que nos vêm ajudar. Por isso tínhamos de estar cá a prestar homenagem. Inclusive, há muitos anos, num incêndio numa fábrica são as consequências do esforço para minimizar este risco nas nossas florestas. Caberá a quem tem responsabilidades fazer com que não sejam em vão", desabafou ainda o responsável, que é também presidente da federação de bombeiros do distrito de Viana do Castelo.
O bombeiro Manuel Fernando Reis era motorista de profissão mas estava no desemprego há alguns meses. Era casado e tinha dois filhos, de 20 e 24 anos. O mais velho é bombeiro também em Valença, tendo passado ao quadro de reserva desde que emigrou para França já este ano.
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